sexta-feira, 29 de agosto de 2008

REALIDADE, o pesadelo da

Faz dias que tô tentando escrever um texto formal e culto sobre isso, mas não sai nada, então vou fazer brainstorm mesmo. Muitos de nós nascem com uma tendência grande à teorização e fuga do mundo físico. Essas pessoas sempre tiveram facilidade de lidar com matérias 'difíceis' como matemática ou física na escola, têm uma inteligência lógica avançada, mas não costumam se dar muito bem nos relacionamentos com as pessoas e em lidar com o mundo físico em geral. A internet se tornou, pra essas pessoas, um lar ideal. Pode-se viver numa cidade onde só mora quem é desejado, e tem-se acesso instantâneo a qualquer pessoa (os contatos de messenger/orkut/similares). Pode-se ter a imagem que quiser, tirando as fotos certas e editando-as livremente. Tem-se acesso a todo o conhecimento do mundo, podemos nos tornar especialistas em qualquer assunto simplesmente acessando o google ou a wikipedia. Podemos pintar com o photoshop, compor com soundfoge/fruityloops/guitarpro, fazer cinema no youtube, ser modelo do myspace/fotolog, escritor num blog (ironia né), enfim, tudo. Há substituições na internet pra quase todas as coisas do mundo físico, mas pergunto: essas coisas são reais?

Na minha humilde opinião, NÃO.

Ao meu ver, a internet é um mundo de hipóteses, teorias, testes, mas não de realidade. E não é só a internet, nossa imaginação cumpre o mesmo papel. A diferença é que a realidade pisoteia e destrói a imaginação facilmente (e isso é saudável), enquanto a internet, em alguns casos, consegue RESISTIR À REALIDADE. Ok, serei menos enfático daqui em diante. Enfim, você pode criar uma imagem perfeita, uma vida perfeita, relações perfeitas num mundo hipotético, pode viver um filme, uma novela, uma série, mas isso não te afasta da sua vida. E enquanto você perde tempo com sue mundo perfeito, sua vida se torna cada vez mais medíocre. Citando a banda favorita da criadora deste blog:
"Honestly, somehow it always seems that
I'm dreaming of something I can never be
It doesn't bother me, 'cause I will always be the pimp that I see in all of my fantasies"

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

acho que estou doente D:

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Coragem!

"Eu daria o meu corpo pra poder dormir a manhã e a tarde inteira hoje!"

Foi o que eu disse para ele, hoje de manhã. Tava fazendo por volta de 9 graus, era tão frio que meus dentes doíam. Cada passo na rua era muito sofrível de se dar, até para raciocinar, era algo exaustivo. Tomamos o ônibus, desci no meu ponto e cada um tomou seu rumo (infelizmente). Quando chego aqui, é a mesma coisa sempre; café da manhã na padaria, procrastinar, sentar, trabalhar, pensar, café, trabalhar, pensar, café...

Se eu contar que faz três dias que to fazendo uma prova de matemática, ninguém acredita. Isso porque eu amo matemática e sempre fui relativamente bem. Não to conseguindo mais me concentrar nas coisas, o nível de estresse já deve ter ultrapassado a barreira faz tempo. E pensar que um dia, quando eu estudava de manhã, tinha a tarde e a noite livres... E achava ruim.

Ai cara, sério. Tudo o que eu queria agora e vocês devem estar fazendo, é dormir. Nem sei mais o que eu daria por isso. E o post tá um lixo, mas ele justifica o porquê de estar um lixo.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

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Não me lembro de ter me sentido tão mal em outra época da minha vida. Até agora, os problemas costumavam estar ao meu redor, mas agora eu vejo que eles estão dentro de mim, eles são eu. Simplesmente não tem pra onde fugir, preciso olhar pra essa minha cara de merda todo dia e sempre pensar "o problema é você". Esse ano eu consegui destruir 80% das boas relações que eu tinha (e já eram poucas) e criar uma quantidade equivalente de más relações. E dentro do que já era ruim, eu consegui acertar exatamente nas piores coisas possíveis, sequencialmente, acho que poucos teriam tanta sorte. Agora eu vejo os espólios de tudo isso, a MERDA que está dentro de mim, que me transborda pela boca, que já é a maior parte de toda a matéria da qual sou feito.

O que fazer? Esperar! :D

Lixo Verborrágico

Eu estava deitada ouvindo essa música (In Your Arms - Miho Hatori), ela me faz lembrar de três pessoas, de um buffet livre, de uma garrafa de vinho, de duas cartelas de comprimidos, de algumas luzes, enfim, de uma quarta-feira e duas noites em claro.

Pensei em cessar a verborragia por hoje, mas não escrevo para os outros porque sei que ninguém vai ler essa bosta.

Eu fui comprar um Charge, o segundo Charge do dia. O dia estava ensolarado e eu vi como as minhas roupas pretas estão desbotadas.
Meu pai pediu ajuda com algo relacionado à custódia de cheques da empresa, eu disse que não sabia como fazê-la. Ele disse que eu nem mesmo me preocupo. Isso me deixou triste. Saber que ninguém me conhece. Eu realmente não estava muito preocupada em ajudá-lo, mas também não estava preocupada com o que quer que fosse que ele, ou qualquer outra pessoa, pudesse vir a achar que eu estava. Todas as minhas interações se resumem, basicamente, em compreender os motivos das pessoas. Lê-las e procurar conhecê-las. Mas ninguém parece buscar me conhecer, me ler. Coisa estúpida de "ninguém me entende", vou trocar de assunto.
Voltando ao Charge, eu sempre o compro numa banca de revistas a uma quadra da minha casa. Mesmo que eu entre lá diariamente, nunca havia prestado atenção nas revistas. Procurei por pôsteres de bandas e tudo que encontrei foi o clássico "lixopop". Vi alguns livros sobre uma prateleira. Aqueles best-sellers, também clássicos, semi-baratos, de fácil compreensão. Não que eu seja alguém pra julgar literatura. Não sei ler. Não sei escrever. Talvez o que importa seja a expressão e um "Porra!" no meio do texto transmita mais do que dez polissílabas rebuscadas. Funciona exatamente como música ou qualquer outro tipo de arte. Porém, os meus porras continuam inexpressivos.
Foda-se. Hoje em dia todo mundo virou escritor. Hoje em dia todo mundo quer se expressar. Hoje em dia o mundo está ainda mais infestado de lixo. Não sei escrever.
Eu queria escrever sobre outro sábado e sobre o céu desse sábado, mas vou adiar o episódio para a próxima.
Por hoje, chega de palavras. Chega de pontos finais.

E foi mais um sábado

Há alguns dias estávamos nos preparando para aquela noite. Não era como se fosse nada de mais.
Eu as encontrei na estação à tarde, nós comemos, nos arrumamos e voltamos à estação. Pegamos o trem e em vinte minutos já estávamos lá. Eles nos esperavam na passarela.
Chegamos a casa, aguardamos até que eles se preparavam e fomos todos os cinco deixados de carro no lugar. O lugar, por fora, parecia mais um puteiro. Havia luzes coloridas nas escadas. Não, melhor, parecia uma boate gay. As luzes quase formavam um arco-íris.
Ao adentrarmos, o lugar estava vazio. As pessoas foram chegando e depois de um tempo metade do salão já estava cheio. Ele pegou e passou. Não fez efeito. Passaram-se trinta minutos e ele pegou de novo. E passou. Quando ela estava com ele na mão, um homem pegou seu braço e perguntou de quem era. Perguntou a mesma coisa várias vezes. Ela tentava parecer sóbria e dizia que não sabia. Ele a puxou pelo braço e disse que ela teria de ser retirada. Nós fomos atrás. Nós duas apenas. Quando descemos a escadaria furta-cor seguimos caminhando como se soubéssemos aonde estávamos indo. Nosso alívio foi ouvir as palavras “Deixa ir, deixa ir!”. Seguimos até a esquina, quando nos demos conta de que estávamos numa vila. Não havia nada além de casebres e uma borracharia. Eu ligava e ela não atendia. Nós nos agachamos sobre o cascalho. Não importava se alguém ia ver a nossa bunda branca na rua, eu estava me mijando.
Saindo da borracharia, um carro subiu o cordão da calçada e se atravessou na nossa frente, foi quando começamos a correr até a outra quadra. Eles gritavam “Polícia, parem agora! É a polícia!” e ela dizia, alterada, “Continua correndo, Ana!”. Ana continuou, ela também continuou. Eu parei e voltei. Fui em direção a eles. Eles perguntaram o motivo de estarmos lá fora e o motivo de termos saído correndo. Eu os disse que havíamos saído do lugar porque o clima lá estava péssimo, e estávamos correndo de medo de que do carro saíssem homens tarados, ou algo do gênero. Eles ficaram nos perguntando onde deviam nos deixar, eu disse que não sairíamos de lá até que encontrássemos nossos amigos. Meu celular tocou, era ela. Chorando e perguntando onde nós tínhamos ido. Ela saiu do lugar com eles dois. Encontramos-nos do outro lado da rua. Fiz um sinal de positivo para os policiais, eles foram embora. O cara estranho disse que sua mãe poderia nos deixar em casa. Fomos até onde ela se encontrava. Era uma lancheria, nós comemos e pagamos vinte reais. A mãe do cara estranho era meio louca. Chegamos em casa de taxi, às 3:00 da manhã. O próximo trem era às 05h30min. Eles dormiram até as 05h00min, eu não consegui dormir mais de meia hora. Às 05h00min levantamos, às 05h30min fomos esperar o ônibus que ia para a estação. Esperamos até as 06h15min, até que ele chegou. Todas as três de nós tremiam de frio. Chegamos à estação um pouco mais tarde que o previsto. O sol já estava posto no céu, pegamos o trem. Assim como a vinda, a volta também levou vinte minutos. Apressamos-nos para chegar em casa e tentamos ser silenciosas. Deitamos-nos às 07h00min da manhã. Até que enfim estávamos em casa, até que enfim não estávamos mais congelando. Foi bom, mas até que enfim acabou. E foi mais um sábado no ano de 2008.

sábado, 23 de agosto de 2008

Bola Barriguda

O título do post saiu da narração do galvão bueno. Acabei de ouvir e achei bonito. Esse blog vai ser sério, mas os primeiros posts são meio zoados porque estamos com sono e talz. De quinta pra sexta, tive um sonho que ficou fixado na minha cabeça. Sonhei que uma pessoa que eu ODEIO estava dentro da minha casa, e eu queria, de alguma forma, tirá-lo de dentro dela. Lá fora estava um amigo que iria me ajudar a dar uma surra nessa pessoa, mas eu não conseguia levá-la até lá. Isso me fez pensar que eu preciso eliminar alguma coisa ruim da minha cabeça, e pra isso, preciso trazê-la pra fora. Mas não sei o que é, nem como fazer isso. Enfim, acompanhem o desenrolar da saga nos próximos posts. Boa noite.

Pansk.

Oi, eu sou a Danie.
Foda-se.
Estou com sono, mas este blog é fofo.
Beijos a todos.

Primeiro Post Mal Escrito Com Um Título Idiota

Aqui estou eu, começando mais um blog, dessa vez tentando ser otimista a respeito dele. Agora com um pequeno grupo de pessoas que pensam e agem parecido. Não temos um tema específico, apenas fazemos parte de um contexto, o qual eu espero que fique claro após algumas postagens.


O desenho do cabeçalho é chamado Metrópoles, feito por um amigo; “Vodu”.


Não sei fazer introduções, que dirá conclusões; então encerro o desenvolvimento aqui.